sábado, 1 de novembro de 2008

JACKPOT


Esta é forte mas tem que ser dita. Um velho já muito velho e surdo para cima dos oitocentos e muitos só vendo no B.I. ele não gosta muito de dizer a verdade, só às vezes. Antigo trabalhador do petróleo, daquela parte de gestão muito privada. Cracque de xadrês, das simultâneas, ainda se bate com o computador, um espírito analítico e cocabichinhos. No outro dia saíu-se com uma com respeito ao Jackpot onde ele joga desde sempre forte e feio - ele diz que é suplemento de reforma ele lá sabe - mas vamos lá então sobre o Jackpot e etc.. e os prémios que saiem e não saiem e o sigilo, ou seja, quando sai toda a gente sabe, quando não sai, também toda a gente sabe que não saíu, e depois volta a não sair e mais outra vez e depois já sai aqui ali e acolá enfim vai saindo, até aqui tudo é normal, a não ser que seja confidencial ou seja, ninguém sabe onde saíu se é que saíu e para onde saíu, será que saíu mesmo? Será que as bolas que vemos na televisão estão bem calibradas, basta haver uma pequena alteração no peso no equilíbrio para que tudo saia viciado, quem der umas tacadas de bilhar percebe a história das bolas ou dos berlides ou do golf enfim, no tempo em que estamos há que pôr o olho em tudo. Claro que não estou a atacar a Santa Casa nem o Estado nem o Senhor Padre Melícias é só para alertar, já agora continuem a jogar, porque o velho também joga, porque se ele desconfia e joga é porque ainda acredita em alguma coisa, se fosse novo eu atrevia-me a dizer que não pensa mas sendo assim Adeus, porque vou jogar no Jacpot.

Sem comentários: